A Estranha da Kombi

 

             

Parte 1 – O Encontro na Kombi

Naquela tarde abafada, Camila entrou na kombi apenas querendo voltar para casa. O banco era apertado, o ar rarefeito, e o murmúrio das conversas preenchia o espaço. Mas logo percebeu que não estava sozinha.

Duas garotas sentaram mais à frente. Uma delas tinha o olhar vivo, inquieto, que não desgrudava de Camila. O sorriso no canto da boca escondia algo… talvez um segredo ou uma intenção perigosa.

No meio da viagem, a amiga da garota pediu que ela comprasse alguma coisa. A resposta veio rápida, debochada:

— Tu é lisa.

A garota misteriosa riu, e rebateu:

— Lisa? Tá aqui, ó…

Ela abriu a mochila, mostrou o objeto, e logo em seguida disparou uma frase que fez o coração de Camila acelerar:

— Eu quero uma mulher pra mim… pra andar comigo no shopping.

A amiga riu nervosa, tentando cortar o clima. Mas a garota se virou completamente para Camila, encarando-a:

— Tá lisinha… se você quiser, vamos no shopping… e depois pra sua casa. Assim você comprova o quanto eu tô lisinha só pra você.

O silêncio foi sufocante. Camila congelou, sem saber se desviava o olhar ou respondia àquele convite ousado.

A kombi parou. As duas desceram, mas antes de sumirem, a estranha lançou um último sorriso, como uma promessa não dita.

Camila seguiu viagem, mas o arrepio permaneceu. Medo… desejo… curiosidade.

Talvez tivesse acabado ali… ou talvez fosse apenas o começo.

Parte 2 – O Reencontro no Shopping

Dias depois, Camila caminhava distraída pelo shopping, quando sentiu um olhar queimando suas costas. Ao se virar… lá estava ela.

A mesma garota. O mesmo sorriso provocador.

Sem a amiga desta vez, apenas ela, como se tivesse esperado por Camila.

— Eu disse que queria uma nega pra andar comigo no shopping… lembra? — disse, em tom baixo, mas firme.

Camila congelou. O coração disparou. Ela não sabia se deveria fugir… ou ficar.

A estranha se aproximou, encurtando a distância.

— Tá lisinha, lembra? — sussurrou perto do ouvido dela. — Se você quiser… depois do shopping, a gente vai pra sua casa.

O barulho do shopping desapareceu. O que restava era o som da respiração acelerada de Camila e o convite provocante ecoando em sua mente.

Camila deu um passo para trás, mas a garota sorriu, como se já soubesse da resposta.

— Não precisa ter medo. Você só precisa… querer.

Naquele instante, Camila percebeu que estava presa entre dois caminhos: recusar e esquecer… ou aceitar e mergulhar em algo que poderia mudar sua vida para sempre.

Parte 3 – O Convite Irresistível

Camila tentou resistir. Mas havia algo naquela garota… impossível de ignorar.

O convite ainda ecoava em sua mente: “Depois do shopping, a gente vai pra sua casa… assim você comprova.”

Horas mais tarde, na saída, ela estava lá novamente. Encostada na parede, olhar fixo, sorriso de canto. Como se tivesse certeza de que Camila não iria embora sem se aproximar.

— Você não desiste, né? — disse Camila, tentando soar firme.

— Quando eu quero… eu insisto. — respondeu a estranha, inclinando a cabeça de forma provocativa.

Sem dar tempo para respostas, a garota segurou a mão de Camila. O toque era quente, firme, quase hipnótico.

E assim, entre passos apressados, deixaram o shopping para trás.

Na rua silenciosa, a estranha parou de repente. Aproximou-se mais. O rosto a centímetros do dela.

— Eu disse que tava lisinha, lembra? — sussurrou, a voz rouca, carregada de provocação. — Agora… é a sua vez de comprovar.

O mundo pareceu suspenso naquele instante. Camila sentiu o coração bater forte, o corpo tremer entre medo e desejo.

E percebeu que já não havia mais volta.

Parte 4 – O Encontro na Casa de Camila

O caminho até a casa de Camila pareceu eterno. As ruas, as luzes, o som distante da cidade… tudo se misturava ao turbilhão dentro dela: medo, ansiedade e desejo.

Quando a porta finalmente se fechou atrás delas, o silêncio se tornou pesado.

A estranha caminhou devagar pela sala, olhando cada detalhe, como quem invade não apenas um espaço… mas também uma vida.

— Bonito aqui… aconchegante — disse ela, sorrindo provocadora. — Mas eu quero conhecer… você.

Camila engoliu em seco. Antes que pudesse recuar, a garota segurou seu rosto com delicadeza e intensidade.

— Eu te disse que tava lisinha, lembra? — murmurou quase roçando os lábios. — Agora é hora de você comprovar…

O beijo aconteceu como um incêndio. Primeiro tímido, depois urgente, como se todo o suspense da kombi tivesse explodido ali.

As mãos se encontraram, os corpos se reconheceram, e Camila percebeu que não havia retorno.

A estranha a guiou pelo quarto, cada passo uma entrega, cada olhar uma promessa.

Naquela noite, Camila descobriu o quanto aquela ousadia podia ser irresistível.

Parte 5 – O Dia Seguinte

O sol entrou tímido pela janela, iluminando o quarto silencioso. Camila acordou sozinha. O cobertor estava despedaçado, e o perfume dela ainda pairava no ar. Um arrepio percorreu seu corpo.

Na mesa de cabeceira, um bilhete simples:

“Obrigada por deixar eu provar… mas a aventura ainda não acabou. – E.”

O coração de Camila disparou. Quem era aquela garota? Por que sentiu uma atração tão intensa?

Enquanto tomava o café, ainda lembrava cada detalhe da noite anterior: o beijo, o toque, o sorriso… e a promessa implícita de que aquilo não tinha acabado.

O telefone vibrou. Uma mensagem anônima:

“Hoje à noite… mesma hora, mesmo lugar?”

Camila sorriu.

O jogo tinha apenas começado.

E ela estava pronta para cada surpresa que aquela estranha ainda podia trazer.

📌 Fim – mas deixando gancho para novas histórias…

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