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“Fui iludida no Tinder: Paguei Motel, Pastel e Gasolina!”

Gisele tava num domingo entediada, deitada na cama, rolando o Tinder como quem rola boletos: sem expectativa nenhuma, só aceitando o destino. Até que… pá! Match com um tal de Mariano.

O homem… ah, o homem! Lindo. Bonito de doer. Sorriso de artista, corpo de quem malha (ou pelo menos finge), uma moto na foto e aquela legenda clássica de quem é um perigo:
“Se for pra somar, bora. Se for pra tumultuar, passa direto.”

Começaram a conversar, papo vai, papo vem, emoji de foguinho, de coração, piadinhas, elogios… até que Mariano largou logo uma revelação digna de novela das oito:
“Gisele, deixa eu te contar um negócio sério… depois que comecei a falar contigo, juro, minha biloca não sobe mais pra nenhuma mulher… só pra tu. Não sei se tu fez alguma macumba, algum feitiço… só sei que só funciona pra tu.”

Gisele, que já tava meio desconfiada, mas também se achando poderosa, respondeu na lata:
“Oxente, homem… que feitiço, rapaz? Isso é meu charme natural!”

Ele riu, ela riu, e dali pra frente, parecia que o universo tava alinhando tudo pra esse encontro acontecer.

Mariano, no auge da lábia e da cara de pau, mandou:
“Bora se ver, princesa? Te pego na tua casa, te levo pra dar um rolê na praia, sentir aquela brisa…”

Gisele, que não é boba nem nada, caprichou. Fez skincare, chapinha, botou aquele cropped que valoriza tudo, passou perfume até no joelho, e ficou pronta.

Quando ele chegou de moto, parecia cena de filme. Jaqueta de couro, óculos escuro, aquele sorriso de “vem comigo que tu não se arrepende”. Ela subiu na moto e eles foram direto pra praia.

Sentados na areia, Mariano segurou a mão dela, olhou nos olhos e largou mais uma:
“Sério, nunca senti isso por ninguém… Eu acho que isso é amor, ou magia. Porque minha biloca… menina… só sobe pra tu! Tá acontecendo algo sobrenatural aqui.”

Gisele, segurando o riso, pensou: “Se essa biloca tá encantada, vamos testar se é verdade…”

Foi aí que ele, todo sedutor, completou:
“Bora pro motel? Quero provar que é só contigo que ela funciona.”

E é claro… ela topou.

Capítulo 2 — O Motel, o Pastel e a Gasolina

Gisele, toda empolgada, subiu na garupa do Mariano com aquele pensamento: “Hoje eu provo se essa biloca é realmente exclusiva ou se é só conversa de macho sem vergonha.”

Chegaram no motel. E, minha filha… pode falar o que for, mas a biloca tava de fato encantada. Funcionou direitinho, direitinho! Foi ali, no colchão de couro sintético, que eles confirmaram que o negócio era sério… ou pelo menos parecia.

Terminado o momento de amor, suor e emoção, Gisele, deitada de lado, vira pra Mariano e diz com a voz manhosa:

— “Amor… tô com sede. Tem uma aguinha aí, não?”

Eis que o boy, no auge da economia e da cara de pau, responde:

— “Água? Mulher, água aqui é cinco conto! Se quiser, vai ali na recepção e compra. Eu não vou gastar com isso, não. Só trouxe dinheiro pra pagar o quarto.”

Gisele piscou três vezes. Riu de nervoso, de indignação e de fome, porque o suco do amor abriu até o apetite.

Saíram do motel e, na esquina, tinha uma feirinha rolando. Ela olhou e disse:

— “Para ali, vou comprar um pastel e uma água pra ver se me acalmo.”

E é nesse momento que Mariano se supera na audácia e solta essa:

— “Aproveita, compra dois pra mim, um pra meu filho e outro pra minha mãe… que é pra eu levar pra casa.”

Gisele ficou em choque, olhando pra cara dele, pensando: “É sério que eu virei o iFood da família dele?” Mas respirou fundo, engoliu a dignidade, o orgulho e foi. Comprou os pastéis, a bendita água e voltou com a sacola.

Quando achou que pelo menos a carona pra casa seria tranquila, Mariano, com aquela cara lavada, falou:

— “Então… pra eu te deixar na tua casa, cê vai ter que colocar gasolina na moto, viu? Tá na reserva já…”

Gisele olhou pra ele, olhou pra moto, olhou pros pastéis na sacola e pensou: “Se essa biloca é exclusiva, eu sou a investidora oficial dela!”

Capítulo Final — A Vingança de Gisele: Biloca Nunca Mais Subiu

No caminho pra casa, com a cara mais fechada que porta de banco em feriado, Gisele ficou refletindo:

“Gastei gasolina, paguei pastel pra ele, pro filho e pra mãe dele… e ainda tive que aguentar aquele sexo ruim, que sinceramente, nem valeu a maquiagem que eu fiz!”

Porque sim, minha filha… a biloca encantada era só papo! O negócio mal subiu, e quando subiu… foi um sobe e desce mais decepcionante que salário caindo na conta e sumindo em cinco minutos.

Pra piorar, o homem não pagou nem uma água. UMA ÁGUA! Nem pra hidratar a guerreira que estava ali, tentando salvar aquele encontro desastroso.

Chegando em casa, Gisele olhou no espelho, segurou a própria cara e disse pra si mesma:

— “Nunca mais, Gisele… nunca mais tu cai numa dessas. Mas ele não vai sair ileso, não.”

No outro dia, ele mandou mensagem, todo faceiro, achando que ela tava apaixonada:

— “E aí, princesa… quando vamos repetir aquele nosso momento mágico?”

E ela, na lata:

— “Mágico? Mágico foi eu não ter morrido de sede e fome, né? Porque tu não pagou nem uma água, homem! E aquele teu negócio… olha… se isso é feitiço, é feitiço de impotência, viu?”

Ele ficou sem reação. Aí ela soltou a bomba final:

— “E outra… eu espero que aquele pastel tenha valido, porque foi a única coisa que prestou naquele rolê. E gasolina na tua moto? Só se for pra te levar pro terreiro, pra ver se tiram esse encosto de pão duro e brocha que tu carrega!”

BLOQUEOU. SUMIU. DELETOU. E jurou pra si mesma que daquele dia em diante só aceita rolê com comida paga, água liberada e biloca funcionando — porque, no mínimo, ela merece!

Gisele seguiu plena, diva, maravilhosa, e jurou: “Agora, se for pra me iludir, que seja num rodízio, bem alimentada e hidratada.”

FIM.

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