Luna chegou na minha vida já adulta, duas semanas antes de meu pai falecer. Eu já tinha três gatas e achava que não queria mais uma, mas ela era diferente. Carinhosa, doce e intensa, como se tivesse percebido que eu precisava dela. Logo se tornou minha companhia constante, e mesmo as outras gatas desconfiaram dela no começo.
Quando meu pai faleceu, Luna se tornou ainda mais importante. Eu chorava, me sentia perdida, e ela estava ali, ao meu lado, me olhando, miando suavemente, tentando me confortar de sua maneira felina. Era como se dissesse: “Não se preocupe, estou aqui com você”.
Mas, um dia, do nada, ela sumiu. Procurei por toda parte, e não a encontrava. Meu coração disparou quando descobri que ela estava embaixo da cama da minha mãe, com um corte na barriga. O medo tomou conta de mim. Comprei medicamentos, minha mãe ajudou a cuidar dela, e eu rezava, cuidava, falando com ela o tempo todo, pedindo para se recuperar.
Enquanto ela se curava, eu conversava com ela: dizia que a amava, que ela não deveria se afastar nunca, que eu cuidaria dela. E ela, meiga, parecia ouvir cada palavra. Ver minha Luna machucada doeu profundamente, porque ela não é apenas uma gata. Ela é minha companheira, minha filha de quatro patas, meu anjinho protetor.
Às vezes, penso que gatos e cachorros têm esse instinto de se esconder quando se sentem feridos ou acham que podem morrer. Mas o que importa é que ela voltou, se recuperou e continuou ao meu lado. E desde então, nunca mais a vi tão distante. Ela aprendeu que meu colo é seguro, meu abraço é refúgio, e que sempre vou cuidar dela, assim como ela cuida de mim com seu amor silencioso e constante.
Luna Lovegood não é apenas minha gata. Ela é minha amiga, minha confidente, meu anjo de pêlo, minha companhia em todos os momentos. Cada miado, cada ronronar, cada olhar, me lembra que o amor verdadeiro não tem limites — e que às vezes, a magia existe mesmo em pequenos corpos felinos que chegam na hora certa para nos ensinar a viver e a amar de verdade. 🌙💫





