Sabe aquele encontro que a gente imagina perfeito? Foi assim que começou.
Ela passou o dia inteiro se preparando: tomou banho com seu sabonete favorito, fez uma make leve, escolheu a blusinha que mais gostava e um tênis confortável. Tudo pronto pra conhecer o crush no shopping.
Mas, antes de sair de casa, o destino resolveu testar sua paciência: uma dorzinha na barriga. Não era nervosismo, era… bom, vamos chamar de “pressa intestinal”. Mesmo assim, ela pensou: Nada vai estragar meu encontro.
Chegou ao shopping, linda, mas ainda com a barriga um pouco rebelde. Lá estava o boy, sorridente, todo ajeitado, perfume marcante. Eles começaram a andar, olhar vitrines, comentar sobre os lançamentos do cinema. A sintonia parecia boa.
Até que ele sugeriu:
— “Vamos comprar umas coisinhas pra levar pro filme?”
Eles entraram numa loja cheia de guloseimas. Ela pegou salgadinho, chocolate, até uma pipoca doce. Cada um pagando o seu, tudo tranquilo.
Aí veio a sede. O boy falou:
— “Água aqui é cara, vamos comprar lá fora. Tem um ambulante que vende por um real.”
Saíram do shopping em busca da tal água. O vendedor entregou a garrafinha, mas quando ela foi pagar, percebeu que só tinha uma nota de R$ 100. O ambulante coçou a cabeça:
— “Moça, não tenho troco pra isso.”
Constrangida, ela olhou pro boy:
— “Você tem um real aí pra me emprestar?”
Ele, sério como um fiscal da Receita:
— “Tenho, mas depois você me devolve, viu?”
Ela riu, achando que era piada. Pegou o real, agradeceu e voltaram pro cinema. Assistiram ao filme de boa — quer dizer, ela mais ou menos, porque a barriga ainda lembrava que estava ali.
Quando o filme acabou, eles saíram conversando. A noite estava agradável, mas o boy parecia com outra coisa na cabeça. No meio da conversa, ele mandou:
— “Então… vai me devolver meu real?”
Ela parou, surpresa:
— “Tá falando sério?”
— “Claro! Dinheiro é dinheiro.”
Pra não criar clima, ela entrou numa loja, comprou uma bala qualquer, trocou os R$ 100 e voltou, estendendo duas moedas brilhantes na direção dele:
— “Pronto, toma logo dois, pra garantir os juros.”
Ele pegou satisfeito, guardou no bolso e disse:
— “Agora sim, estamos quites.”
Ela olhou incrédula, mas riu. Porque, convenhamos, se no primeiro encontro ele fez questão de cobrar um real, imagina no dia que dividirem um jantar? Vai ter planilha no Excel!
Moral da história: às vezes, não é sobre o valor, é sobre o jeito. Se alguém não consegue deixar passar nem um real, talvez o custo do relacionamento seja um pouco mais alto do que vale pagar. 😅



